Essa parte do transporte é algo bem complicado... porque apesar de ser um país com índices de criminalidade bem baixos, eu não me arriscaria a pegar um taxi qualquer na rua, sozinha e correndo o risco de não ser bem entendida em inglês. Pra isso vale sempre a propaganda boca a boca, sempre tem um número de taxista de confiança, que alguma outra brasileira já usou, à mão.
Transporte público? Já vi ônibus no centro da cidade, numa região onde tem muitos imigrantes indianos, paquistaneses, etc, mas não acho que mulheres usem. Fora que aqui é tudo meio espalhado, longe. Perto de casa não passa esse tal ônibus. Ter carro aqui é essencial e conveniente (pelo preço e pela gasolina). Alguns trabalhadores mais humildes usam bicicleta pra se locomover. Mas as mulheres... essas você dificilmente vai ver caminhando na rua... só na carona!
Então de dirigir a gente só pode sentir saudades...
Poréééém.... existe vida cruzando a ponte do Bahrain!
Rapidamente: o Bahrain é uma ilha bem pequena, fica a 50 min da cidade que moramos. O país é ligado à Arábia Saudita por uma ponte. E lá a vida é outra: apesar de muçulmano, o país é beeem liberal. Lá mulher pode dirigir e dirige até Mustang GT.
Chega a ser estranho e engraçado ver mulher no volante depois de passar um tempo em Saudi sem vê-las.
Deve ser por isso que o trânsito fica tão mais civilizado depois que se cruza a ponte pro Bahrain. É a prova viva de que mulher faz a diferença.
P.S. o trânsito na Arábia Saudita é louco e violento. Nem cabe falar muito sobre isso aqui, mas se você reclama que uma meia dúzia não dá sinal de pisca aí no Brasil ... você não viu nada... a gente chega até a pensar se esse dispositivo não vem de fábrica nos carros daqui.
Agora pra ser sincera, nem se pudesse eu dirigiria na Arábia Saudita.
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